A evolução e resistência aos Certificados Digitais

Marco Zanini – CEO Dinamo Networks

Lembro-me de alguns fragmentos de filmes, comédias do cinema mudo, em que aparecia um carro dos primeiros modelos, a frente de 2 cavalos ou bois, para ser mais exato, amarrados atrás.

Quando penso nisto, lembro da frase da minha avó que sempre que queríamos fazer algo com ansiedade, rapidamente ela dizia “Não vai colocar o carro na frente dos bois”! Claro, na cultura dela, quem puxava os carros eram os bois, sempre a “frente”, ou seja, os famosos  “carro de boi”, e não fazia nenhum sentido o contrário.

Todo avanço tecnológico disruptivo vem acompanhado de uma desconfiança quanto ao funcionamento e uma resistência à mudança. A resistência está ligada ao receio da mudança, do novo, da insegurança que sentimos pelo desconhecido.

O Certificado Digital está vivendo esse momento!

Após 16 anos, desde a publicação da MP 2200-2 em 24 de agosto de 2001, temos aproximadamente 10 milhões de certificados digitais validos, sendo que nestes últimos 12 meses, emitimos mais de 3.5 milhões de certificados.

Nos próximos anos esperamos chegar a 30 milhões de certificados válidos, sendo utilizados nas mais diversas soluções de identidade digital governamental ou na iniciativa privada tais como: emissão de notas fiscais, declaração de imposto de renda, acesso à internet banking, emissão de carteira de motorista digital entre muitas outras aplicações já disponíveis.

A percepção inicial para o uso dos Certificados Digitais era de que cada cidadão iria utilizar um “dispositivo” que armazenasse o seu Certificado, com uso pessoal e intransferível, algo que fosse incorporado ao ser humano como no filme “2001 Uma odisseia no espaço”, lançado em 1968, onde os astronautas se identificavam com algum recurso biométrico, algo como retina ou facial.

Em função disto, o mercado concebeu os cartões plásticos com “chip” e tokens, parecidos com chaveiros, para que as pessoas “possuíssem” estes dispositivos de autenticação e que se tornariam itens que estariam presentes no dia-a-dia das pessoas, para todo e sempre.

Neste momento, estamos próximos a 10 milhões de certificados emitidos e 50% destes certificados estão armazenados em cartões ou tokens e os outros 50%, sabemos lá onde. Eles  podem estar armazenados em qualquer mídia. Por isso, acreditamos que exista uma dificuldade neste modelo pensado, ou porque perdemos, esquecemos ou porque eles estragam no uso do dia-a-dia, ou porque de fato, pela dinâmica do mundo atual e futuro, precisamos ter mobilidade de acesso sem perder o conceito de segurança, a cada dia mais importante no mundo digital.

Por isso lançamos o equipamento (HSMs) que podem resolver o problema de gestão, mobilidade, segurança, rastreabilidade de uso, seja ela em nuvem ou em ambientes fechados, de redes locais, que consideram essa evolução para o mundo que vivemos hoje. Não o mesmo ambiente de 16 anos atrás, quando concebemos esse modelo.

Não se enganem, estes equipamentos são projetados e certificados por órgãos nacionais e internacionais para garantir que não existem falhas de segurança nestes dispositivos. Os  equipamentos da DINAMO são certificados pelo ITI / IMETRO e estão sendo certificados pelos órgãos de certificação americano, como o NIST.

Rapidamente, ouvimos muitas vozes que festejaram a evolução e algumas que franziram a testa e torciam o nariz. E indagavam, “Será que isso funciona?” ou “Como fica o conceito da posse?”. São perguntas naturais porque toda mudança de relativa importância gera algum desconforto no ser humano, assim como foi com os carros, assim como foi com o uso Internet Banking, com o Skype ou com o WhatsApp.

Bom, sabemos que essa mudança vai atender aos anseio da sociedade por determinado tempo, e daqui alguns anos, teremos que evoluir, guiados pelas novas necessidades das pessoas uma vez que o objetivo final é sempre trazer mais conforto e segurança para a vida das pessoas. Na opinião delas, fazer parte desta evolução natural que o mundo do certificado digital vive hoje.

A nova Resolução do ITI nº 132 cria o DOC-ICP-17, que institui o Prestador de Serviço de Confiança – PSC, captou de forma correta e rápida a necessidade e anseio da sociedade em ter esses benéficos de mobilidade, gestão, segurança e rastreabilidade no uso do Certificado Digital. E, instituiu que, para preservar os princípios que guiam a confiança nos Certificados Digitais ICP-Brasil, esses certificados em nuvem devem ser guardados em equipamentos de segurança, os famosos HSMs. Todos os pretendentes à se tornar um PSCs, precisarão ter esses equipamentos nos seus ambientes seguros para guardar os certificados dos seus clientes.

Devemos sempre lembrar que, estes equipamentos são seguros para funcionar em Bancos, cuidando das nossas TEDs, para suportar as transações dos nossos cartões de crédito e para guardar nossos certificados digital nos PSCs, porque não adotá-los para a guarda dos nossos certificados nas nossas empresas?

Pensando nisto, a DINAMO lançou o DINAMO Pocket, um mini HSM, mini no tamanho e no preço, mas com todas as características que os HSMs que os Bancos, as empresas de cartões de crédito, as Autoridades Certificadoras e muitas outras grandes empresas que operam em ambientes com requerimentos de máxima segurança utilizam.

O DINAMO Pocket está disponível para todas as empresas e pessoas que entendem que a evolução tecnológica veio para melhorar a vida de todos nós e, principalmente, que acreditam que os carros sem os bois se tornaram mais eficientes! Que venham os carros elétricos e os minis HSMs, agora!

Fonte: http://cryptoid.com.br/certificacao-digital/a-evolucao-e-resistencia-aos-certificados-digitais-por-marco-zanini/

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