Inovações e oportunidades que o Drex trará à sociedade são debatidos por líderes de empresas que desenvolvem a moeda digital

Reunião virtual trouxe pontos importantes e principais ferramentas que o Drex proporcionará ao mercado financeiro virtual

O assunto do momento no mercado financeiro é o Drex – projeto do Real Digital desenvolvido pelo Banco Central. Existem dúvidas, especulações, expectativas e necessidades de um entendimento mais amplo de como esse novo projeto financeiro atuará no dia a dia dos brasileiros. Para apresentar melhor como essa inovação financeira funcionará, a DINAMO Networks – empresa especializada em segurança digital e uma das selecionadas para desenvolver o projeto, promoveu um webinar que abordou as inovações e oportunidades do Drex, e contou com a participação de, Thiago Aguiar – diretor de inovação da Tecban; Cláudio Pinto – gerente exclusivo BASA, Anderson Bandeira – líder técnico digital assets do Banco Itaú; Jochen Mielke – CEO do B3 Digitas, e, Marco Zanini, CEO da DINAMO Networks, especialista em segurança digital presente nos principais projetos do País.

Durante o webinar os especialistas do mercado financeiro foram compartilhando suas perspectivas, conhecimento e atuação dentro do projeto, trazendo pontos técnicos e práticos sobre o uso da moeda digital brasileira.

De forma quase que unânime, a programabilidade que capacita ativos virtuais e reais serem tokenizados, foi citada nas respostas de todos os integrantes da conferência.

“O dinheiro programável possibilitado pelo real digital vai além de agendar o pagamento de contas, como hoje alguns bancos já permitem. Ele garante a correta destinação do valor, como em casos de benefícios sociais em que o uso do recurso deve ser específico, e na criação de um crédito digital com um prazo certo para ser utilizado antes de expirar”, esclareceu Anderson Bandeira, líder técnico do Itaú Digital Assets.

Os participantes explicaram que a proposta do Drex é ser o canal onde acontecerão os casos de uso. O projeto atuará como um agente possibilitador em transações, smart contracts e outros. Entretanto, para esses casos de uso serem efetivos é necessário fomentar o mercado de tokenização (virtuais ou reais), pois somente após isso que a sociedade poderá fazer uso da programabilidade do projeto.

“Para o projeto desenvolvido pelo Bacen ser concreto e ativo, os ativos digitais precisam estar tokenizados, e, para isso acontecer, é necessário incentivar o processo de transformar ativos, como propriedades imobiliárias, ações, títulos, commodities e até mesmo direitos de propriedade intelectual, em tokens digitais que são registrados em uma blockchain. Um esforço que envolve tecnologia, regulamentação, educação e colaboração”, opina Jochen Mielke, CEO da B3 Digitas.

Quando levantado quais os desafios do desenvolvimento to Drex, pontos técnicos sobre como resolver em conjunto a descentralização, privacidade, segurança, programabilidade e performance do projeto foram os destaques de todos os participantes. Contudo, também para a maioria, o maior desafio analisado é o entendimento da sociedade sobre a aplicabilidade dessas tecnologias em suas respectivas rotinas.

“Não vejo a tecnologia como um problema, não vejo normatização [referindo-se às Leis que regulamentam esse mercado] como um problema. Vejo o desafio em como fazer para haver um consenso no mercado sobre a aplicabilidade dessas tecnologias, visando destravar a economia, simplificando, reduzindo custos e garantindo mais segurança para a sociedade. A maior adversidade é levar o entendimento sobre esses ativos virtuais e como vai se dar a tokenização desses ativos para a sociedade”, opinou Raul Francisco Moreira, conselheiro do Banco Original.

Ao final, Marco Zanini, CEO da DINAMO Networks, opinou que no projeto, levará as melhores práticas de segurança digital da indústria financeira, a fim de garantir a proteção da chave – que permite acesso aos ativos- e da assinatura digital: “o Drex vai democratizar a esteira de crédito, de modo geral, e isso por si só já é um ganho. Existem desafios, dificuldades, erros, acertos, e vamos precisar fazer diversas correções, mas no final, quando isso chega até a sociedade como uma melhoria, todo o esforço que estamos tendo, de modo geral, aqui vai valer muito a pena”. No projeto piloto, a empresa também implementará soluções com padrões de segurança cibernética semelhantes às utilizados no mercado financeiro tradicional, pré-requisitos exigidos pelo Banco Central e que colocaram a DINAMO Networks entre as empresas escolhidas para o desenvolvimento do projeto. A conferência on-line pode ser assistida na íntegra AQUI.

 

 

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