Perdas: Brasil perdeu mais de R$ 80 bilhões com ataques cibernéticos em 12 meses

O Brasil ocupa a 70º colocação no índice de segurança cibernética da União Internacional de Telecomunicações (ITU, na sigla em inglês), órgão da Organização das Nações Unidas (ONU). Essa situação de fragilidade faz com que o país seja hoje o segundo no mundo que mais tem sofrido perdas econômicas advindas de ataques cibernéticos. Segundo os dados mais recentes da ITU, numa medição de 12 meses entre 2017 e 2018, os prejuízos advindos dos ataques cibernéticos no Brasil ultrapassaram US$ 20 bilhões (mais de R$ 80 bilhões).

Os dados foram trazidos à Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) pelo coronel Arthur Sabbat, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República. A CRE realizou nesta quinta-feira, 05/09, a primeira audiência sobre o tema, que serão seguidas por outras audiências, diligências e visitas técnicas. A segurança cibernética é a política pública monitorada pela CRE em 2019, num trabalho que tem o senador Esperidião Amin (PP-SC) como relator. Ao final do ano, Amin fará um relatório contendo propostas legislativas visando incrementar a infraestrutura brasileira do setor.

“Especialistas avaliam que o mercado de segurança cibernética alcançará US$ 151 bilhões em 2020, no mundo todo. Um indicativo claro da prioridade que já vem sendo dada mundialmente a esta questão. E aqui no Brasil a segurança dessa área não se encontra no nível desejado. No ano passado, 70 milhões de brasileiros foram vítimas de ilícitos cibernéticos. É nesse montante que as perdas chegam a US$ 20 bilhões”, detalhou Sabbat.

O gargalo apresentado pelo Brasil torna-se ainda mais grave, frisa o coronel do GSI, pelo fato de 100% dos órgãos federais e estaduais utilizarem a Internet. A rede mundial também está presente em 80% das casas do país, chegando a 116 milhões de usuários. O índice de utilização da internet entre as empresas também é quase pleno: 98%.

Provocado por Esperidião Amin, o comandante de Defesa Cibernética do Exército, general Guido Amin, revelou que haverá um incremento orçamentário para seu setor, já indicado no Plano Plurianual 2020-2023. Para o ano que vem, os repasses previstos são de R$ 60 milhões, mas a partir de 2021 o montante deverá passar a R$ 150 milhões anualmente.

*Com informações da Agência Senado

 

FONTE: Convergência Digital

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